como funciona o dinheiro?

Como funciona o dinheiro

Não podemos falar de finanças, investimentos, empreendedorismo e gestão financeira sem antes entendermos melhor o elemento primordial desse assunto. Como funciona o dinheiro.

Já dizia o velho ditado, uma imagem ou vídeo fala mais do que mil palavras 😉

Já parou para imaginar como seria o mundo hoje se não existisse o dinheiro?

Pensando sobre o dinheiro

Difícil, não é?

Hoje em dia precisamos do dinheiro para praticamente tudo; como prover moradia, alimentação, vestimentas, livros, energia, internet, combustível, viagens e até mesmo estudos.

O dinheiro é o meio utilizado para troca de bens e serviços, na qual constitui uma transação, onde geralmente, ambas as partes saem ganhando.

O dinheiro em si é um item raro, como ouro, prata, conchas raras e até mesmo o cigarro. Na cadeia, por exemplo, o cigarro é um dos meios mais utilizados para troca entre os detentos.

Na sociedade ocidental o dinheiro essencialmente não tem valor e ele é mais uma ideia abstrata. O valor está na confiança que depositamos nesta ideia, ou seja, na promessa de troca futura, ou no papel que representa na troca de bens e serviços.

Um detalhe interessante é que o dinheiro está associado a uma transação de baixo valor e a moeda, por sua vez, tem um conceito muito mais abrangente, mas isso será assunto para um próximo artigo 😉

O dinheiro mais utilizado hoje em dia é o papel na forma de cédulas, a qual em geral, governo federal é o único autorizado para emitir, imprimir e controlar o valor. Cabe a ele também o controle da inflação, a qual está intrinsecamente ligada ao dinheiro e o processo de controle do governo.

Pois bem, para entendermos como o dinheiro, que é um meio de troca que chegou a esse nível de confiança que temos hoje em dia, vamos precisar voltar lá no começo da nossa civilização.

A moeda hoje como conhecemos é o processo de uma longa evolução. Antigamente a forma de comercialização era por escambo, ou seja, trocas. O valor da mercadoria era baseado na quantidade de tempo e força de trabalho para produzi-la e até mesmo com base na necessidade do comprador. Com o surgimento da moeda, o valor da mercadoria se tornou independente do tempo e força de trabalho. Então o valor já não era mais determinado pelo tempo exercido e força de trabalho usados para produzir a mercadoria.

E com o surgimento dos bancos, apareceram novas atividades financeiras em que a moeda tornou-se uma mercadoria. Como por exemplo, compra e venda de ouro. Um dos ativos mais negociados na bolsa de valores é o dólar, devido a sua alta liquidez e valorização. Então, você pode comprar o dólar na baixa e vender na alta. Assim, você lucra com a valorização.

No começo, nós éramos pescadores, colhedores, fazendeiros e caçadores. Trocávamos peixes por trigo, sem equivalência de valor. A gente não tinha essa noção dessa igualdade de valor que temos hoje nas mercadorias; Ah! Dois peixes valem 5 kg de trigo e uma vaca vale 100 peixes, por exemplo. E até hoje, em civilizações nas quais a economia ainda é bem primitiva ou de difícil acesso a outros recursos, ainda funciona esse meio de comercialização. Uma criança costuma trocar com o colega um brinquedo caro por outro mais barato, ela deseja tanto aquilo que não faz a menor diferença a equivalência de valor.

Ao longo do tempo, algumas mercadorias tornaram-se mais procuradas do que outras. E como elas já eram aceitas por todos, essas mercadorias passaram a ser como moedas de troca. As famosas moedas-mercadoria, como o gado bovino.

O bovino tinha algumas vantagens; como, a facilidade de locomoção, reprodução e prestação de serviços, carregava cargas pesadas, lavrava a terra e fornecia a matéria prima para produção de outras mercadorias à base de laticínios, assim, essa mercadoria poderia dobrar o seu valor. Claro que tinha os seus riscos também, como a doença e a morte do bovino.

Eu costumo pensar no bovino como o meio de troca mais próximo do nosso dinheiro de hoje em dia. Ele se reproduz, ou seja, a moeda se valoriza e pode duplicar, prestar serviços, com o dinheiro. Você consegue pagar por serviços e delegar tarefas que não tem habilidades ou tempo para fazê-las. E os riscos do dinheiro são a desvalorização e a inflação.

O sal era muito utilizado como moeda-mercadoria e extremamente caro, pela sua difícil obtenção, principalmente em locais longe do continente e foi muito utilizado na conservação, saborização dos alimentos e tratamentos de feridas. Claro, hoje ele ainda é bastante usado na culinária. Você consegue comer um delicioso arroz e feijão sem ter ao menos um pequeno grão de sal? Bom, eu não consigo.

Curiosidade

A origem da palavra salário vem do império romano que significa “salarium”. Era o pagamento que os soldados romanos recebiam pelos seus serviços prestados ao império, por isso o significado da palavra salário.

Surgimento da moeda como conhecemos hoje

A dificuldade, os riscos de armazenagem, a pouca durabilidade de diversas mercadorias, como, pragas, ratos e insetos; por que essas eram armazenados em porões úmidos e sujos, complicou muito o meio de troca com bens naturais no comércio. E assim, surgiram as primeiras moedas cunhadas em metais raros, como ouro e a prata.

Por muito tempo o ouro e a prata eram relacionados a conceitos místicos e religiosos. Acreditava-se que o ouro estava ligado ao sol e a prata ligada a lua e que esses metais, além de raros e belos, contiam poderes mágicos.

Além da crença religiosa, beleza e durabilidade, esses metais eram raros, o que acabou sendo desejado por todos e tendo uma ampla aceitação. Assim, o ouro e a prata passaram a ser a nova moeda de valor. E as trocas eram baseadas no valor intrínseco, ou seja, o valor real e comercial dessa moeda. Assim, vinte gramas de ouro eram trocadas por mercadorias nesse mesmo valor.

As moedas representavam muito os aspectos políticos, cultural e religioso do seu tempo. É pela impressão de efígie, que são aquelas figuras desenhadas nas moedas, que conhecemos muitas personalidades de sua época. Acredita-se que a primeira figura impressa em uma moeda foi Alexandre o Grande da Macedônia.

Além do mais, com o surgimento das moedas em metais preciosos, permitiu melhor o acúmulo de patrimônio, pois assim a riqueza não estava sujeita a deterioração e nem corria o risco de ser consumida pela praga ou dizimada por doenças, pois os metais não eram corrosivos, eram duráveis duráveis e valorizados com o tempo.

Com o tempo, outras ligas metálicas passaram ser adotadas como moeda de troca, como por exemplo o cuproníquel e o valor da moeda já não era mais determinada pelo o seu valor intrínseco, como o ouro e a prata, mas pelo o seu valor extrínseco, isto é, pelo valor gravado na sua face. E quem determinava esse valor? O governo e as autoridades.

Papel moeda

Na idade média as pessoas costumavam guardar o dinheiro com os ourives que eram pessoas que negociavam objetos de ouro e prata, ou seja, eles eram os primeiros banqueiros da época. E como garantia eles entregavam um recibo com o valor guardado para o dono do ouro, dizendo o quanto essa pessoa tinha em valor guardado. E esses recibos passaram a ser utilizados como forma de pagamentos, circulando de mão em mão, dando a origem ao papel-moeda.

O papel-moeda é como uma escritura oficial do país, podendo ser emitida apenas por uma autoridade central e a impressão é baseada no produto interno bruto (PIB) do país. A emissão em exagero, causa uma discrepância e provoca a famosa inflação.

11 respostas para “como funciona o dinheiro?”

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